Constelação Familiar Original Hellinger

Informação

Para falar sobre as Constelações originais Hellinger, terei que apresentar noções sobre os campos mórficos. O interessante nesses campos familiares é que eles parecem ter uma memória do que aconteceu no passado. Em conversa com Bert Hellinger, Rupert Sheldrake percebe que é assumida a compreensão de que muitas das dinâmicas que atuavam na vida das pessoas não estavam relacionadas a história de vida pessoal (ou o que é vivido desde o nosso nascimento até a vida atual) e sim que muitas dessas dinâmicas invisíveis eram determinadas por dinâmicas que vinham através do campo mórfico social, que é o campo familiar e que determina o que ocorre nas relações dentro da família. Ou seja, acontecimentos funestos, que violavam as leis universais que Bert Hellinger chamou de “Ordens do Amor” dentro da família, quando essas leis eram violadas dentro de uma geração isso traria consequências para as próximas gerações, gerando envolvimentos nesse campo de memória também chamado de campo mórfico.

E, portanto, as pessoas que nasciam descendentes do sistema que tinha violado uma dessas leis, mesmo sem ter consciência desse passado da família as consequências atuavam na vida desses descendentes, muitas vezes, aprisionando, adoecendo ou gerando determinados sentimentos em que a história desse sintoma não estava relacionada a história de vida da pessoa. O que causava grande dúvida à respeito do por que e das causas do que estava acontecendo. Mas, as vivências do prof. Bert Hellinger mostraram que era possível, tais problemas emergir de um campo de memória que vinha de muitas e muitas gerações atrás, agora manifestando-se nos descendentes dessas gerações, também chamados de problemas transgeracionais.

Dessa maneira foi que a Constelação surge, apresentando seus primeiros movimentos e trazendo a luz suas dinâmicas até então desconhecidas, mas, atuantes ocultamente na vida das pessoas. Tais descobertas feitas pela percepção de Bert Hellinger mostraram que dinâmicas do passado da família intervinham e interferiam na vida de uma pessoa, descendente desta família, mesmo sem que ela tivesse consciência disso. No início Bert Hellinger acreditava que a influência na vida dos descendentes de acontecimentos funestos, ocorriam em até quatro ou cinco gerações após o acontecimento na família e depois ele mudou esse pensamento, viu que acontecimentos funestos ocorridos na família podem atuar na vida dos descendentes por muitas e muitas gerações. Segundo a observação do cientista inglês Rupert Sheldrake esse é o caso, quando alguém é excluído em uma geração anterior.

A esposa de Rupert Sheldrake, Jill Purce participou de vários Workshop’s de Bert Hellinger e fez Constelações, para acompanhá-la Sheldrake também esteve presente nesses Workshop’s. Portanto, Rupert Sheldrake viu muitas Constelações acontecer. Ao observar as Constelações Sheldrake pôde perceber que dentro de um sistema familiar, pode existir um padrão de exclusão porque: uma pessoa fez algo tido por errado; porque foi assassinada ou porque assassinou alguém; porque foi um prisioneiro ou foi exilado, ou ainda, o que quer que seja; todos esses exemplos gera um tipo de trauma na memória do sistema familiar. E, em gerações posteriores, um membro da família onde ocorreu essa exclusão assume esse papel sem saber o porquê de se comportar dessa forma: igual a pessoa excluída.

Em via de regra uma terapia individual não poderia ajudar neste tipo de caso, pois, o problema não é um problema pessoal. É um tipo de padrão na família. E, um tipo de memória que é carregada no âmbito familiar pela ressonância mórfica*. O processo de cura é mais misterioso, ainda, do que tudo o que está sendo dito até agora! Porque o fato de ocorrer o retorno da pessoa excluída na geração anterior e sua inclusão ser feita no campo familiar tem um efeito curativo sobre o sistema familiar no presente. Quem sabe isso, talvez, funcione retroativamente para o passado? Sheldrake confessa não saber ao certo...ele, apenas, expressa o que segue: “...eu não espero que a ressonância mórfica se desloque do futuro para o passado”, Sheldrake já constatou nos seus estudos que a ressonância mórfica desloca-se do passado para o futuro (a isso ele chama de memória da natureza, por ser um recurso utilizado amplamente por todas as espécies existentes na natureza). De algum modo a pessoa que foi revelada como excluída ao não se sentir mais excluída, o campo familiar como um todo é curado.

Um dos fenômenos apontados por Sheldrake como o mais interessante nas Constelações Familiares Originais Hellinger é, segundo ele como lhe foi dito por vários participantes de Constelação que ocorre um tipo de cura em todo o campo familiar. O cliente de Constelação vai para casa após a Constelação e é bastante comum encontrar, as vezes, no mesmo dia ou alguns dias depois, um contato por e-mail, por telefone de parentes expressando que sentiram que algo mudou. Mesmo sem saberem nada sobre a Constelação feita para o sistema familiar e do que aconteceu nela. Trata-se então não, apenas, de um efeito local, mas, sim de um efeito que atinge outros membros do campo familiar. Essa é uma observação muito fascinante! A maioria dos participantes com quem eu converso relatam essas histórias vividas! Segundo Sheldrake quando há muitas histórias que contam o mesmo tipo de coisas; então, isso significa que algo acontece de fato. Assim ocorre na história natural dos fenômenos pouco conhecidos.

E, Sheldrake acredita que a história natural das Constelações Originais Hellinger, atualmente chamadas de “Familienstellen”, parece, conter efeitos sobre as pessoas que não estão presentes na sessão: familiares que sentem os efeitos, embora eles não estivessem ali. As vezes, é refeita conexão entre pessoas que a mais de dez anos não se falavam, pessoas que não tinham mais contato ligam ou mandam um e-mail. Sheldrake acredita que isso mostra que, de fato algo acontece com relação a dinâmica do campo mórfico. O cientista inglês estudioso dos campos mórficos e campos morfogenéticos expressa que isto tudo não está, apenas, na cabeça das pessoas no local onde a Constelação aconteceu. Por ser um Biólogo renomado, hoje Sheldrake é um dos cem cientistas mais renomados do mundo por estar entre os estudiosos que desenvolvem o que é chamado de a nova ciência (baseada em paradigmas disruptivos em termos de ciência) e ele acredita que existem muitos mistérios e até segredos na natureza. Sheldrake defende que do ponto de vista da ressonância mórfica tudo o que é semelhante entrará em ressonância. Mesmo quando acontece algo invisível, isso ainda assim terá um efeito em todos os que pertencem ao sistema. É possível que os envolvidos desconheçam os detalhes exatos; porém, haverá um efeito mesmo assim!

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