SER EM EVOLUÇÃO!


Semeie com paciência, mas permita que a terra descanse!

O movimento se complementa no repouso. Nossa tarefa é realizar a dedicada semeadura e confiar que a colheita virá no perfeito tempo, que não é o nosso tempo. O descanso e a quietude também compõem o avanço. Feliz daquele que se faz feliz na espera, confiante no êxito que se anuncia no peito de quem traz em si a calmaria, depois de plantar com devoção. Sim, é possível chegar com menos esforço, com mais entrega e com a certeza de que a divina natureza sempre aponta a direção?

Siga com passos lentos, vagarosos, mas resolutos e decididos, pois é longo o caminhar. Sem tanta pressa, é certo, chega-se lá. Mantenha-se firme, mas seja também flexível. Cuide das sementes e confie, pois os presentes se multiplicam para aqueles que se curvam, humildemente, aos desígnios da providência. Sossegue os desejos. Tudo caminha a despeito do nosso querer. A voz que nos guia fala serena e em silêncio, em meio à agitação dos pensamentos e a ânsia por controlar.

Paciência... O que vem da essência sempre vai frutificar.

A Vida segue a sua dança imprevisível, amadurecendo os frutos de quem se dedicou a semear. Se o objetivo ainda não foi alcançado, é porque há algo a ser aprendido.
Se ainda demora, talvez não seja mesmo a hora. Sente-se um pouco à sombra da árvore e deixe que a brisa fresca lhe toque a face, como um afago que tranquiliza as dúvidas e desperta o seu coração. Descanse dentro de si, na contemplação dos seus segredos, e se permita enxergar o progresso que se manifesta na singela riqueza de cada instante! A sabedoria é paciente e eternamente grata a tudo que o vento leva, a tudo que o vento traz. Os frutos amadurecem sobre as raízes profundas, assim como a borboleta fortalece as suas asas no repouso do casulo. Há um ritmo espontâneo que rege todas as coisas e contra o qual não precisamos lutar. Permita que prevaleça a força que vem de dentro, aquela paz soberana que equilibra a ação e acalma. A perfeição já vem naturalmente ao nosso encontro... Feche os olhos, abra espaço. Deixe ela entrar.

Na mansidão da espera, cedo ou tarde, o encontro se revela.

E o que é seu chegará!